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Salvador, Bahia, Brasil

FAROL DE ITAPUÃ

 
Um dos picos de Surf mais desafiadores da Bahia é o Farol de Itapuã. Quando o Swell entra de jeito ele pode te render o drop, o tubo ou o pânico da sua vida. É uma onda rápida, vertical, que quebra para a esquerda sobre uma rasa bancada de pedras, e que exige dos surfistas um bom conhecimento sobre o posicionamento no outside, as correntes e os locais de entrada e saída do mar.

Maurício Abubakir no Farol de Itapuã | Foto: Luis Castro

O Big Rider Maurício Abubakir é um dos surfistas mais vistos por lá quando as condições estão realmente pesadas. Ele, que já promoveu dois campeonatos de ondas grandes no local, é fissurado pelo pico. “Aquela é uma das minhas ondas favoritas por causa do tamanho, da força e da adrenalina que ela oferece. É o Pipeline baiano”, afirma.

Rogério Flores no Farol de Itapuã | Foto: Luis Castro

E foi essa mesma adrenalina que fez o local Rogério Flores adotar o pico como quintal. A sua relação com aquela bancada é quase religiosa. “Deus começou a criação do mundo por aqui”. É como expressa seu amor pelo lugar. Outro que sempre se destaca nos dias marcantes é o monstro Eloy Junior. Para ele, que já venceu um dos campeonatos feitos por Maurício num dia épico, “o Farol de Itapuã é a onda dos sonhos dos baianos”. Talvez por isso, Catarina Lorenzo, sua filha de apenas 15 anos de idade já esteja transformando este sonho em realidade. Em uma foto postada no seu Instagram numa onda de tamanho, ela escreveu: “É tanta beleza que temos nessa terra, obrigada Senhor por nos proporcionar tanta natureza”.

Esse mesmo olhar ambientalista é compartilhado pela Legend Carla Circenis, surfista veterana, cheia de títulos na carreira e grande referência pela atitude nos mares de consequência. Carlinha define aquela esquerda como “a onda mais casca-grossa da Bahia, temida por todos, um lugar que dá dor de barriga na hora de entrar e você só relaxa quando consegue sair do mar”.

A julgar pelas imagens, é certo que o Farol de Itapuã não é para qualquer um. Quem quiser surfar por lá deve estudar o pico, se informar com os locais, estar preparado e conhecer os seus limites. Afinal, para tentar o drop ou o tubo da vida é bom ter um pouco de humildade e respeito. Ou, a possibilidade de experimentar o pânico será muito grande.

Fica a dica, e viva o Farol de Itapuã! 

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