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Salvador, Bahia, Brasil

LONGBOARD

Peu França pendurado no bico em Saquarema/RJ
Foto: Rafael Leforte

Fora o crescente número de praticantes incentivados pelas escolinhas, pelas facilidades de sua prática e ainda por aqueles surfistas que querem ter o equipamento como alternativa para algumas condições de mar, o que anda rolando na cena do Longboard da Bahia? 

Com poucos campeonatos no estado, a nova safra de competidores como Darlan Almeida, Peu França, Luan Araújo, Dudu Bala, Daniel Almeida e Tassio Rocha, além dos veteranos Ewandro Balalai e Zé Hebert, têm buscado seus espaços nos eventos fora da Bahia, e com alguns pódios. Porém, segundo Peu França, “muitos atletas estão deixando de viajar para competir por causa dos custos e da falta de patrocinadores”. Um problema antigo e recorrente que reflete a falta de um circuito baiano estruturado. 

Mas como a cena não é feita apenas de competições, vale destacar dois movimentos maneiros organizados pelas mulheres. O PODEROSAS DO LONGBOARD, criado em Salvador, visa incentivar e apoiar outras mulheres a surfarem através de encontros, troca de informações e alguns eventos. Já o CORALINEAS, do Litoral Norte, “foi criado com a ideia de unir as meninas e defender seus espaços dentro do Surf”, afirma Paloma Avena, uma de suas integrantes. As mulheres estão dando um show com estas iniciativas. 

Em Itacaré e Ilhéus a modalidade anda pouco movimentada. “Aqui em Itacaré a quantidade de longboarders é muito grande, porém, a cidade deixou de revelar novos talentos e destacar os competidores já existentes pela falta de eventos”, aponta o legend Alde Vieira, criador do Clube de Longboard de Itacaré.  

Ilhéus segue com um ritmo parecido e fica difícil entender os motivos pelos quais dois dos maiores polos do Surf na Bahia com tradição de excelentes atletas, eventos e ondas, estejam tão devagar. Talvez a lembrança do extinto Clube Baiano de Longboard, que movimentou a cena com muita intensidade entre 1994 e 2005, possa servir de inspiração para instigar novas lideranças a promoverem algo parecido. O CBL fez alguns circuitos estaduais envolvendo quase uma dezena de categorias em várias cidades e com a participação de muitos atletas de fora. Além dos campeonatos, o Clube fez encontros, filmes, cursos e uma série de outros eventos que abraçaram também os não competidores.  

A fórmula do sucesso está acessível a quem quiser encarar o desafio. “Basta que haja vontade, determinação e bons relacionamentos para fazer a coisa acontecer. A Bahia tem ondas apropriadas, um mercado carente, muitos praticantes e excelentes competidores”, instiga o Presidente de honra do CBL, Zé Augusto. 

O lance é começar! Vamos nessa? 

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